terça-feira, 23 de novembro de 2010

Família Blog

Procurando o que fazer pela internet, certo dia encontrei os blogs (em 2008),comecei então a fazer parte deste mundo. Porém, por falta de computador em casa na época, desisti e acabei deixando pra lá esse negocio. Me tornei usuária exclusivamente do orkut (fiquei num vicio só). Tempos depois, sentindo falta das minhas agendinhas do tempo da adolescência , falta de escrever sobre minha vida e tudo o mais, resolvi retomar meu blog. Vasculhando na net, encontro cada belezura de blog que eu vou te falar...
Primeiro descobri o blog para Francisco, onde conheci a história de Cristiana Guerra, que perdeu o marido enquanto gerava o primeiro filho deles, com as confidencias de Cris no blog, eu sorri, chorei, me encantei com esse amor.
Depois fui apresentada a uma mulher que não quer esquecer o seu tempo de menina feliz , tempo maravilhoso esse que ela nos conta de uma forma encantadora, sou apaixonada pela menina que ela foi, e pela mulher que ela se apresenta pra gente.
Conheci também um blog, onde li histórias sobre uma moça chamada Stella, que perdeu seu pai e ela era ainda muito nova, e tinha medo das lembranças que tinha, irem desaparecendo de sua memória, resolveu então escrever pro Pai dela viver mais. 
Conheci a poucos dias uma mulher com as mãos de fada, ela me fez olhar melhor pra minha casa, e perceber que podemos criar alguns mimos pra vida em família ficar mais alegre e bonita, até fiz algumas mini (bem mini mesmo) almofadas de coração. Estou falando da Ruby, ô coisa boa é acompanhar o blog dessa mulher.
E não deixo também de acompanhar o blog da Erika, minha prima. Na verdade Erika é esposa do meu primo Sandro, mas que na verdade é meu irmão, aquele que eu não tive. E os dois são especiais.
E eu não poderia deixar de fora um blog de uma pessoa muito querida, a Ro. Ela é de Macapá  , mas agora mora na Alemanha, e me mandou um postal lindo de lá.


Quero deixar beijos a todas essas moças e dizer que em todos os momentos em que eu me transporto pro mundo dos blogs, fiquem certas de que eu vou a procura de vocês...ler os outros faz um bem só.

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Meu amor Manu

Filha, quero te dizer que te amo demais, desculpe-me se as vezes não sou a mamãezinha dos sonhos, é que a vida é tão diferente dos contos de fadas, mas tudo que eu faço é pensando em ti, no teu futuro e principalmente na tua segurança e felicidade. Me acho a ultima das mães quando tu me pedes pra ler uma historinha e eu não leio, quando me pedes algum favor e estou ocupada demais pra te ajudar, quando perco a paciência ao te ensinar matemática. Sabe filha, quando tu cresceres quero que tenhas doces lembranças da tua magnífica infância, que apesar da nossa simplicidade, vez ou outra satisfazemos tuas vontades consumistas. Que tu sejas filha, uma mulher sem medos e sem traumas, apenas feliz,feliz e feliz.

Da tua mãezinha que só é feliz, quando te vê feliz.

domingo, 14 de novembro de 2010

Casa de Antonio Tavernard

Resolvi postar esta reportagem, por conta da imensa tristeza que sinto ao ver Icoaraci entrar em ruínas, junto com os seus casarões, que fazem parte da História da Vila Sorriso. Quando eu estudava na Escola Municipal Avertano Rocha (que hoje também é apenas ruínas), nas horas de folga eu visitava a casa de Antonio Tavernard, que funcionava como acervo do autor, seus trabalhos eram expostos ao público. Era uma delícia estar ali, em frente ao rio, e casas antigas sempre me deixam maravilhada, fui aquele lugar diversas vezes. Por isso mesmo, olhar o estado em que se encontra aquele lugar, é deprimente, chego a lágrimas por se tratar também da minha história. Meu amigo/irmão Evanildo tem o mesmo sentimento de descaso que eu. Vou aproveitar esse post pra deixar um beijo e um abraço a ele, que também é minha história, meu mano Eva.



Casa em que viveu Antônio Tavernard está em ruínas

DIEGO ANDRADE - PUBLICADO NO DIÁRIO DO PARÁ DE 23/02/2009

Das paredes em estilo colonial, só restam escombros e colunas que mal se sustentam. Portas e janelas já vieram abaixo pela ação do tempo. O mato tomou conta de todo o interior do imóvel, com raízes espalhadas naquele que deveria ser um patrimônio histórico preservado, um testemunho da vida e obra do autor e também um dos tesouros históricos de Icoaraci, que a cada ano vê seus casarões desaparecerem nas estações chuvosas.

O ator e estudante universitário Evanildo Mercês desabafa ao relatar o estado da edificação. “Essa situação é um desrespeito à sociedade paraense. A casa que deveria ser, pela sua forte simbologia, um espaço dinâmico da linguagem literária ou de realização de atividades artístico-culturais permanentes não passa de ruínas invadidas pelo matagal da área que cresce a cada dia, destruindo os restos mortais do prédio, dando, ao mesmo tempo, lugar a uma paisagem urbana desastrosa, fedida e aterradora”, diz ele.

Entre os moradores que frequentam as proximidades do local, é comum perceber movimentações de mendigos e assaltantes, que utilizam o terreno como ponto de esconderijo durante a noite.

Procurados pelo Diário do Pará, os órgãos públicos apontam possíveis motivos para a situação da velha casa. Segundo a assessoria da Secretaria de Cultura do Estado (Secult), a casa do poeta foi repassada à Secretaria de Segurança Pública (Segup) ainda na administração anterior. Durante esse período, a casa ficou sem nenhuma manutenção. Ainda de acordo com a assessoria, a Secult está começando um processo de negociação com a Segup para retomar o imóvel e, desta forma, realizar um projeto de revitalização. A Segup também foi procurada pela equipe de reportagem, mas até o fechamento desta edição não obteve resposta.

A questão é que o imóvel, de grande importância histórica está preso entre os trâmites burocráticos do poder público. Se o governo não as- sumir a responsabilidade pelo local, não sobrarão nem as colunas da casa como testemunhas da história do poeta. Aliás, a casa está tão deteriorada, que só é possível reconhecê-la graças a uma placa trilíngue (em português, inglês e francês) com os seguintes dizeres: “Casa do Poeta Antônio Tavernard. Casarão antigo do século passado”. (Belém-PA/Diário do Pará)
Faleceu vítima da hanseníase, incurável nos tempos do poeta. Fiquemos, portanto, com três  raríssimas jóias produzidas pelo vasto universo da mente de Tavernard.
ÚLTIMA CARTA

        "Sobre o leito de morte do poeta, foi
         encontrado esse papel cheio de letras
         trêmulas e manchado de lágrimas".

Por que não me vens ver? Estou doente...
É possível que morra com o luar...
Anda, lá fora, um vento, tristemente,
as ilusões das rosas a esfolhar.
E, aqui dentro, na alcova penumbrada,
onde arquejo, sozinho, sem sequer
a invisível presença abençoada
de um pensamento meigo de mulher,
há o desconsolo imenso, a imensa dor
de alguém que vai morrer sem seu amor...

De quando em quando,
o coração, que sinto
cada vez mais cansado, se arrastando,
marcando o tempo, recontando as horas,
pergunta-me, num sopro quase extinto,
quando é que virás...
Volta depressa, sim?... Se te demoras,
já não me encontrarás...

Ouço, longe, a gemer de harpas eólias...
É de febre... Começo a delirar...

Desabrocham, no parque, as magnólias...
Vem surgindo o luar...
E, como a luz do luar que vem nascendo,
eu vou aos poucos, meu amor, morrendo...
 SONHOS DE SOL

“Nesta manhã tão clara é sacrilégio
o se pensar na morte. No entanto
é no que penso úmidos de pranto
os meus olhos cansados.

Sortilégio
de luz pela cidade... As casas todas,
humildes e branquinhas
lembram gráceis e tímidas mocinhas
no dia de suas bodas.

Morrer assim numa manhã tão linda,
risonha, rosicler,
não é morrer... é adormecer ainda
na doce tepidez de um seio de mulher!
Não é morrer... é só fechar os olhos
Para melhor sentir o cheiro do jasmim
Escondido da renda nos refolhos!...
Ah! Quem me dera que eu morresse assim.



SIMILITUDES


Nasci em frente ao mar.
Meu primeiro vagido
misturou-se ao fragor do seu bramido

Tenho a vida do mar!
Tenho a alma do mar!

A mesma inquietude indefinível,
que nele é onda, e é em mim anseio,
faz-nos tremer, faz-nos fremir, faz-nos vibrar.
Às vezes, creio
que da minha loucura do impossível
sofre também o mar.
Tenho a sua amplidão iluminada
- o meu amor; e seu velário de brumas
- minha mágoa.
Ruge a tormenta... e o que ele faz com a frágua:
embates colossais,
faço com a minha fé petrificada...
té que tudo se extingue em turbilhões de espumas
e de lágrimas... Destinos abismais!...

Guarda em si tempestades que estraçoam,
Cóleras formidáveis em mim guardo...
Sobre o meu pensamento, idéias voam,
voam alciões sobre o seu dorso pardo...

Meu gigantesco irmão,
Senhor do cataclismo,
se tens, por coração, um negro abismo,
eu tenho, por abismo, um coração.
Dentro de ti, quantos naufrágios, quantos,
de naves rotas pelos vendavais?!...
E, dentro de mim, sob aguaçais de prantos,
quantos naufrágios, quantos, quantos,
de sonhos, de ilusões e de ideais?!...

Faço trovas a alguém que não posso beijar
tal como tu, na angústia de querê-las
sem as poder tocar,
fazes, nas noites brancas de luar,
serenatas inúteis às estrelas...

Sou bem fraco, porém, e tu és forte...
Nada te vencerá, há de vencer-me a morte...
Embora!... Mar morto, água dormida
que por mais nada nem de leve ondeia,
hei de deixar meus versos pela vida,
como tu deixas âmbar pela areia!...

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Feliz aniversário, Marie.

Organizando umas apostilas do Cleber, encontrei um rascunho e li. Vou postar aqui, sem nada dizer a ele.

"Quero te agradecer pelo curto tempo que passaste por nossas vidas, nos dando incontáveis e inesquecíveis momentos de felicidade, dispensando-nos um amor que ser humano nenhum, em tempo algum, será capaz de sentir e muito menos demonstrar por alguém, incondicional, desinteressado, isento de qualquer defeito peculiar do homem. O puro sentimento que a natureza dotou todos os seres, mas que só contigo podemos ter uma noção distante, talvez, do que do que poderíamos saber sobre o amor. Deve ser esse o amor que os crentes exaltam e remetem a Deus .Me sinto um pretensioso em tentar descrever, mas é só porque procuro palavras para te agradecer e te pedir perdão por deixar que algo tão inominavel te acontecer. Nessas horas, só me resta apelar para algo que teimo em não confiar, que exista um céu, um paraíso , que receba as almas das pessoas boas e dos animais, estes isentos de qualquer pecado. Que tu tenhas grandes campos pra correr e brincar e ser feliz de uma forma que nós não poderíamos te proporcionar. Feliz aniversário, Marie. 09/11/2010"

O gato e a cadela.

Manuelle desceu pra tomar o café da manhã , tristonha, e quando perguntei o porque(eu já sabia a resposta) ela disse que sentia a falta da Marie.Deixei ela viver aquele momento.
Depois que o Cleber e ela sairam, veio um gatinho chamar pela Marie, digo isso porque esse gato vinha brincar com a Mariezinha, ficavam correndo um atrás do outro, brincando mesmo. Não sei de onde ele vem, aparece por aqui fica um pouco e depois some. Ontem ele veio, parou na minha porta e miou muito,alto, logo entendi que ele procurava por ela, segurei o choro. Marie deixou saudades nos humanos e em outros animais, diferentes de sua espécie. Achei lindo.




quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Saudade doi demais...

Tanta saudade
Aqui dentro de mim,        
Ainda não acostumei
Com a ausência.

Minha avozinha e
Minha peludinha,
Ambas queridas e amadas
Saudade doi demais,
Será que mata?

Mi Pires

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Ponte do Arco Íris.

2010 não está sendo o melhor ano pra mim, perdi amigo, perdi vizinhos, minha avozinha também partiu, e agora minha cachorrinha me deixou. Dor imensa. Saudade colossal. 
Ontem fomos pra casa da minha sogra, um almoço especial foi preparado pro Rodrigo por seu aniversário,  enquanto eu preparava uma sobremesa, notei a ausência da Marie e no mesmo instante fui a sua procura, no pátio minha cachorrinha agonizava, fiquei transtornada e pedi que ligassem pra Milena (minha irmã que é veterinária), mas a Marie não suportou, quando cheguei no consultório ela já estava morta. Fiquei aos prantos, logo em seguida o Cleber chegou e também chorou muito. Manuelle que sabia que ela estava passando mal, nos aguardava em frente de casa, e quando eu falei que a Marie tinha ido pro céu, se pos a chorar. Ficamos inconsolados. Marie comeu veneno.


Erika, deixou no seu blog esse texto lindo, em homenagem a Marie. Obrigada Erika. Eu acredito nisso.



Meus pretos e minha Marie.
Bem do ladinho do céu tem um lugar chamado Ponte do Arco Íris. 
Quando morre um animal que foi especial para alguém daqui, esse animal vai para Ponte do Arco Íris. 
Lá existem riachos e colinas para que todos os nossos amigos possam correr e brincar juntos . 
Tem muita comida, água e sol, e nossos amigos estão quentinhos e confortáveis. . 

Todos os animais que estavam velhos e doentes voltaram a ter vigor e saúde; aqueles que estavam machucados ou aleijados estão inteiros e fortes novamente, exatamente como nas nossas lembranças dos tempos que já se foram. 
Os animais estão felizes e contentes, exceto por uma coisinha: cada um deles sente falta de alguém muito especial , que teve que ficar para trás. 

Todos correm e brincam juntos, mas chega o dia quando um subitamente para e olha para longe. Seus olhos brilhantes estão atentos; seu corpo treme de ansiedade. De repente ele começa a correr para longe do grupo, voando sobre o gramado verde, suas pernas indo mais e mais rápido. 

Você foi avistado, e quando você e o seu amigo finalmente se encontrarem, vocês se abraçam numa reunião feliz, para nunca serem separados novamente. Os beijos alegres chovem sobre o seu rosto; suas mãos afagam de novo a cabeça amada, e você pode olhar mais uma vez nos olhos confiantes do seu amigo, ausentes há tanto tempo da sua vida mas nunca longe do seu coração. 

Aí vocês cruzam juntos a Ponte do Arco Íris.... 

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

O SOFÁ DE MINHA AVÓ

Procurando alguma poesia para minha avó, achei esse texto. Gostei e postei.


Texto de Gê Muniz

Era todo prateado. Parecia-se com o assento especial de uma confortável nave interestelar e caberiam nele ao menos três astronautas. O móvel tinha acabado de entrar pela porta da sala da casa de minha avó. Na verdade era um sofá velho que fora reencapado com um tecido em tom prata ou chumbo rutilante, de gosto extremamente duvidoso mas que, para a época, deveria ser o máximo em modernidade. Nem pensei duas vezes e um abraço: aquela maravilha merecia uma decoração ainda mais rica. Saquei um pedaço de giz de cera vermelho da minha surrada caixinha de lápis e, com esmero próprio de um ser de um metro e pouco, desenhei motivos infantis daqueles que só as crianças adoram dar de presente às paredes caiadas, exceto que utilizando para isso o encosto do sofá. Demorei um bom tempo com o desenvolvimento conceitual da composição, mas terminei por falta de lugar no encosto para mais. E olhe que mais espaço ali houvesse, eu poderia compor facilmente um famoso mural, tipo... Guernica. Decepção: minha obra não foi em nada apreciada pelo tanto de tapas na mão e no bumbum que tomei quando minha avó e minha mãe entraram na sala e deram de cara, estupefatas, com a obra, ainda quente, pronta. E olha, elas se revezavam nos doídos safanões. Nunca mais as "senti" assim. Concordo que abusei. Meu afresco era "muito informação" para as duas. Depois do impacto inicial, ficaram de par, uns bons minutos digerindo desoladas os grossos rabiscos impregnados no sofá, como fazem hoje os críticos de arte abstrata - Vamos tentar limpar estes rabiscos, Lene – disse minha avó, primeira e última a falar em tom empastado, para minha mãe. Enquanto eu assistia com os olhos esbugalhados do choramingo decorrente dos tapas, as duas procuraram eliminar os riscos de cera, desesperadamente, por longo, longo tempo... Mas eu era melhor. Acontece que acertei na mosca quanto ao material utilizado naqueles desenhos, pois, se feitos com caneta esferográfica creio que não fosse tão dificultoso de serem apagados e não deixassem tantos sulcos profundos no estofado. Depois de um longo tempo gasto com várias tentativas infrutíferas as duas sentaram-se sobre as minhas maravilhosas figuras destacadas no sofá, prostradas e vencidas pela alta qualidade e tecnologia do trabalho realizado por mim. Por muitos anos ainda pude apreciar enquanto crescia aquele sofá prateado encardindo sem perder as marcas definitivas de meus traços artísticos, como um legado à família. Devo ter sido pintor rupestre dos bons em outra encarnação...

[Quero o meu sofá mural de volta.
Quero meu giz de cera
vermelho de volta, aqui, nas minhas mãos.
Quero poder fitar a minha avó e minha mãe
nos olhos, droga...
Queria chorar só com dor de tapas da mãe,
como é bom...
Choraria entre sorrisos com os tapas dela,
surpreso e grato por tudo apanhar de volta
entre as faces de meu bumbum mancebo]

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Vai vó, vai em paz...

Finalmente os anjos do Senhor vieram buscar minha avó, digo isso porque todo sofrimento pelo qual ela passou, acabou. Minha avó deixou de se alimentar, e sua vida foi se esvaindo. Sofremos a cada minuto, e pediamos a Deus que cessasse tanta sofreguidão. Ficamos ao lado de minha avó até o ultimo respirar, até a ultima batida do seu coração, pra nós foi uma dor intensa, cortante e massacrante. Fechei os olhos de minha avó. E espero que quando ela abra novamente, esteja num jardim bem grande, o jardim de Deus, e que possa descansar como flor que era, perfumada, bonita e amada, muito muito amada.

Saudades Vó, todos sentiremos muita saudade.
Te amaremos sempre.